Atendimento ao Público: Uma Arte para Poucos



Eu já trabalhei algumas vezes com atendimento ao público e a gente sabe que não é fácil... Essa é uma faca de dois “legumes” (como diria Mamonas Assassinas), pois quando estamos atendendo é preciso lidar com egos, ânimos, engulir alguns sapinhos, levando em consideração a máxima de que o “cliente tem sempre razão”... Se você já teve essa experiência sabe bem de quantas vezes você quis dar uma resposta, mas respirou fundo, deu um sorrisinho amarelo e aguentou as grosserias, pois é... Você vai nessa arte e nesse jogo de cintura tentando driblar o mal humor...

Mas e quando o papel se inverte? E quando é você o cliente que precisa lidar com um atendimento de péssima qualidade, uma pessoa com má vontade e que lhe trata como se estivesse fazendo um favor, como se comprar naquela loja ou utilizar aquele serviço não fizesse a menor diferença para eles, agindo como se não precisassem do seu dinheiro...

Toda essa conversa é pra desabafar sobre o que me aconteceu hoje. Fui mais duas amigas almoçar em um restaurante (não vou dizer o nome, apesar de morrer de vontade de fazer isso, mas é aquele que tem um tubarão como mascote... hehehe... ), assim que chegamos uma mulher nos levou pra sentar no fundo do restaurante... eu achei estranho, ainda comentei com as meninas, maaaassss fiz de conta que nada tinha acontecido... Passamos mais de 30 minutos tentando pedir um almoço, acenando pra tudo que era garçom e sendo ignoradas por todos eles... Até que um resolveu nos atender... fizemos o nosso pedido... A comida não demorou a chegar, mas junto com ela veio o maior desaforo que eu teria que engolir... Pedimos um frango a parmegiana, que é um prato típico para 2 pessoas, mas pra quem já comeu nesse restaurante, sabe que ele serve (e serve muito bem) três pessoas.

Pois bem, o garçom chegou e começou a servir, e o que ele fez? Apesar de ver que existiam TRÊS pessoas na mesa ele só serviu DUAS!! (é pra rir ou pra chorar?)... Com a maior cara de pau do mundo ele me perguntou se eu gostaria de pedir mais uma porção de macarrão e eu respondi que não, depois da minha amiga falar que na verdade era pra ele ter servido a nós três, ele ainda teve a ousadia de dizer que o prato é para duas pessoas...

Isso faz mal pra minha inteligência... se somos três e só pedimos aquela quantidade de comida, é óbvio (óh ser desprovido de inteligência!) que era para nós três... ou ele achou que minhas amigas iam comer e eu ia ficar só olhando?? (eu queria, eu queria muito ter dito tudo isso, chegou até a ponta da língua, mas o que foi que eu fiz? Engoli mais um sapo!).

Depois de redistribuir a comida e almoçar, tivemos a infeliz idéia de pedir sobremesa (pra quê, meu Deus??), foi mais meia hora tentando encontrar um garçom que viesse nos atender!! Depois de finalmente sermos atendidas, pedimos a sobremesa e aproveitamos pra pedir a conta (não podíamos correr o risco de passar mais meia hora fazendo macaquice pros garçons!).

As vezes quando vemos um cliente e um atendente discutindo, achamos que aquilo é desnecessário, mas quando temos que enfrentar um desaforo como esse, sentimos uma pontinha de inveja de não termos a coragem suficiente de dizer “umas verdades” para as grosserias pelas quais passamos!

É isso... eu não ia conseguir dormir (mentira, eu ia conseguir sim), mas precisava desabafar.. sei que discutir não vale a pena, mas são atitudes como essas que me fazem pensar: até onde vai a estupidez humana?

♫ Precisamos de uma reformulação geral
uma espécie de lavagem cerebral...